terça-feira, 3 de outubro de 2017

Etruscos

 
Os etruscos viviam, vários séculos antes de nossa era, em uma região italiana compreendida entre os rios Tibre e Arno, o que equivale a dizer, na Toscana de hoje.
  Mas, de onde vieram de fato, não se sabe ao certo...dos países nórdicos, da Ásia Menor, quem sabe, muitos aspectos de sua civilização lembram o Oriente, ou talvêz da península itálica.
  Em nossa época, essa última hipótese tem sido muito aceita, entretanto, eram muito diferentes dos outros povos itálicos, decifrada, sua língua parece com a língua grega, mas, a origem continua um mistério.
  No século VII a.c., os etruscos alcançaram um desenvolvimento notável.
  Povo de agricultores, os etruscos conheciam e praticavam técnicas bastante avançadas, como, por exemplo, a drenagem de pântanos.
  Eram também metalúrgicos e exploravam as riquezas minerais de seu subsolo:cobre em toda a região e ferro, na ilha de Elba, além disso, eram excelentes marinheiros e se tornaram hábeis e prósperos comerciantes, recebiam metais preciosos, marfim e cerâmicas da Grécia e da Ásia e lhes vendiam seus objetos de bronze e peças de ourivesaria.
  Tal desenvolvimento econômico permitiu-lhes uma ampla expansão territorial, os etruscos se estenderam para o sul da península itálica (arredores de Campânia), para o norte (além do pó) e para o oeste, até a Córsega.
  Foi então que, depararam com outro povo navegante e comerciante, os gregos, que não gostavam de competição.
  Aliados aos cartagineses, os etruscos realizaram várias batalhas navais e terrestres contra o exército da Magna Grécia.
  No final do século VII a.c., seu império já se estendia por grande parte da Itália, até mesmo Roma, durante um século, lhe pertenceu, seus quatro últimos reis(Anco Márcio, Tarquínio Prisco, Sérvio Túlio e Tarquínio, o soberano) foram etruscos.
  Doze cidades principais desempenharam o papel de capitais regionais da Etrúria.
Eram as cidades-estados, por conta das dificuldades de comunicações e organização, esses cidades ficaram muito independentes.
  Cada uma delas era governada por um rei, o lucumon.
  No final do século VI, as monarquias cederam lugar a umas repúblicas, dirigidas por famílias patrícias que constituíam verdadeiras oligarquias.
   Estas cidades, situadas quase sempre em lugares altos e protegidas por fortes muralhas e fossos, figuram entre os maiores da Antiguidade(cerca de 100 000 habitantes em Veios).
  Hoje, quase nada resta delas, visto que, tanto as suas moradias, quanto seus templos eram feitos de madeira e decorado com barro cozido, só as tumbas eram de pedra.
  As investigações arqueológicas, realizadas no princípio do século XIX nessas tumbas, permitiram conhecer melhor sobre a cultura do povo etrusco.
  Perto das cidades, ficavam as necrópoles com túmulos que fechavam as câmaras funerárias, onde os defuntos eram enterrados com seus pertences(armas, joias e objetos familiares.
  Nas tumbas maiores e mais ricas se encontravam sarcófagos e pinturas murais de grande beleza.
  Os etruscos acreditavam em uma vida depois da morte, na qual o defunto chegaria depois de uma longa viagem, em um carro puxado por cavalos alados, imaginavam o inferno c omo um horrível lugar, povoado por monstros.
  Nos templos, que a arquitetura era parecida com a dos gregos, os etruscos veneravam alguns deuses . sobretudo. gênios e ninfas.
  Provavelmente, tais cultos foram influenciados pelos existentes na Grécia e no Oriente.
  E, essa religião acabou influenciando a religião dos romanos.
  Os romanos devem muito aos etruscos, seu urbanismo, o costume de fundar as cidades mediante o traçado do sulco de um arado, planificação geométrica, orientação das ruas principais segundo os pontos cardiais, técnica de construção de drenagens e de esgotos, sua arquitetura (o arco e a abóbada) e sua escultura (realismo das estátuas, que pronuncia os retratos romanos).
  Esta influência continuou existindo, até muito depois do declínio dos etruscos, que começou no século V a.c.
  Seu enfraquecimento se deve à diversas causas: choques contantes com os povos itálicos, invasão dos gauleses no norte, crescente hostilidades por parte dos gregos e conflito entre as suas cidades-estados.
  O fato decisivo foi a rebelião de Roma, sua expansão acabou por engolir a Etrúria, englobando-a no século III a.c.

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